Certa vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido, aquele que ela mais amava. E ela deixou entrever um sorriso e respondeu:
"Nada é mais volúvel que um coração de mãe". E, como mãe, lhe respondeu: o filho predileto, aquele a quem me dedico de corpo e alma é...
O meu filho doente, até que sare
O que partiu, até que volte
O que está cansado, até que descanse
O que está com fome, até que se alimente
O que está com sede, até que beba
O que está estudando, até que aprenda
O que está nu, até que se vista
O que não trabalha, até que se empregue
O que namora, até que se case
O que casa, até que conviva
O que é pai, até que os crie
O que prometeu, até que cumpra
O que chora, até que cale
E já com o semblante bem distante daquele sorriso completou:
O que me deixou, até que o reencontre.
Você está no hospital 5 dias devido a um desmaio seguido de tremores.
Talvez, quando você ficar bem velhinha, não se lembre disto. Foi algo assustador. E eu tentei me manter forte para você, mesmo que muitas vezes não tenha sido forte nem para mim mesma.
Tento ir te ver 2 a 3 vezes por dia. Levo café, sanduiche, bolachas.
Ontem passamos a tarde juntas assistindo filme depois de um picnic na área de reabilitação cardíaca. Quase fecharam a gente do lado de fora. E eu quase cai com a cara na porta na tentativa de não deixar que se fechasse.
Hoje, Lua, mesmo que eu não passe tanto tempo aí com você no hospital, você é minha filha preferida.
E será até os médicos dizerem que você pode ir para casa e que está bem.
Mais que a vida
Mais que o mundo
Mais que tudo.